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  • Foto do escritorRedação GoHuman

Procuram-se líderes humanizados

Saiba quais são as características dos líderes humanizados e entenda a importância deles para a construção de um mundo corporativo mais saudável e justo para todos


Por Rachel Goldgrob*


Líderes utilitários e desumanos já não encontram ressonância e são questionados, principalmente pelas gerações mais jovens, que colocam como prioridade a busca

por uma carreira com significado. Quem trabalha para líderes assim, provavelmente os abandonará tão logo surja uma oportunidade.


Os líderes humanizados demandados para a chamada década da ação têm a expressão do humano como um valor, são capazes de entender sua relação com o meio ambiente físico e social, e como ambos se afetam mutuamente. Além disso, são empáticos e enxergam pessoas não como recursos, mas como seres humanos que são, com sentimentos, desejos, limites e singularidades.


Como diz Edgar Morin, referência em pensamento complexo, “todo desenvolvimento

verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias

individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana”.


Precisamos de mais autonomia e de mais comunidade.


Quem ocupa uma posição de liderança precisa proporcionar ambas as coisas, possibilitando que cada pessoa consiga se sentir parte do todo, preservando a própria singularidade na busca de maior impacto individual e organizacional.


Sem a criação de senso de pertencimento e propósito, de uma relação de confiança e um ambiente psicologicamente seguro, além da integração do impacto desejado na estratégia do negócio, o engajamento não acontece, os resultados não aparecem e o líder segue sozinho.


A cobrança cada vez maior de investidores e da sociedade em geral sobre as organizações está ajudando a agenda socioambiental e de governança a avançar, mas precisamos entender e atuar no que pode, de fato, promover esta mudança na dimensão e velocidade necessárias e o que poderá sustentá-la.


A mudança de mentalidade e valores e a redefinição do conceito de sucesso e prosperidade parece um bom caminho para transformar um mundo cada vez mais desigual e adoecido.


Se a pressão diminuir, será que voltaremos ao mundo do lucro sem propósito?

*Rachel Goldgrob, cofundadora da GoHuman, é psicóloga com certificação internacional em Coaching de Liderança pela Georgetown University e em Estratégia de Impacto Social pela University of Pennsylvania.




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