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  • Foto do escritorRedação GoHuman

Ferramentas e caminhos para promover ambientes mais saudáveis e psicologicamente seguros

O episódio 5 do podcast HumanaMente revela como endereçar questões de saúde mental de forma responsável, assertiva e consistente. Escute e conheça ferramentas e caminhos para promover ambientes mais saudáveis e psicologicamente seguros


Nos quatro primeiros episódios do Podcast HumanaMente, Alessandra Cavalcante, Mariana Clark e Rachel Goldgrob conversaram sobre:

O programa que fecha a primeira temporada do podcast acabou de entrar no ar.


Nele, as três especialistas compartilham ferramentas que podem ajudar lideranças, RHs e áreas de saúde a endereçarem questões de saúde mental de forma responsável, assertiva e consistente.


Respondendo às perguntas do jornalista João Guilherme Brotto, cofundador da plataforma de conteúdo A Economia B e apresentador do HumanaMente, as psicólogas apresentam caminhos para evitar a cilada da positividade tóxica e ações isoladas de bem-estar que não promovem mudanças efetivas.


É uma conversa cheia de bons insights sobre como:

  • Acolher pessoas com transtornos mentais;

  • Garantir a inclusão de profissionais no retorno ao trabalho depois de lidarem com questões de saúde mental;

  • Criar redes de apoio e de cuidado coletivo;

  • Criar ambientes mais saudáveis;

  • Usar o feedback como ferramenta de proteção – e não de adoecimento.

A seguir, confira alguns destaques do programa e saiba como ouvi-lo na íntegra.


O ponto de partida para a construção de ambientes mais saudáveis


Definir uma estratégia e estabelecer metas e objetivos claros. Esses são os primeiros passos para promover uma mudança cultural que de fato leve à construção de ambientes mais saudáveis e psicologicamente seguros.

Porém, como explica Alessandra Cavalcante, “é preciso entender que não existe uma receita única que funciona para todas as organizações”. Afinal, cada empresa tem características e necessidades específicas que precisam ser levadas em conta nesse processo.


Portanto, a base da definição da estratégia e das metas e objetivos é o conhecimento profundo da realidade do negócio como um todo e das pessoas que fazem parte do time.


Nesse ponto, porém, Alessandra comenta que as equipes de Recursos Humanos – que muitas vezes são as responsáveis por estruturar programas de saúde mental e segurança psicológica – sentem-se um pouco isoladas e até perdidas.


Instrumentalizar os profissionais de RH para superar essa dificuldade, apontar os caminhos para que eles consigam acolher colaboradores com transtornos mentais, garantir a inclusão de profissionais no retorno ao trabalho e evitar a cilada da “positividade tóxica” são algumas das missões do programa que fecha a primeira temporada do podcast HumanaMente.


Como falar sobre saúde mental dentro das empresas?


Imagine que você trabalha em uma empresa que não costuma dar muita atenção aos temas de saúde mental e que em uma bela segunda-feira de setembro (mês conhecido pela campanha de prevenção ao suicídio) recebe por e-mail um convite para participar do “Dia da Saúde Mental”.


Como você se sentiria se descobrisse, no dia seguinte ao evento, que nada além daquele encontro aconteceria para de fato promover uma transformação dentro da empresa?


Acredite: isso é mais comum do que gostaríamos. E é apenas um dos problemas de iniciativas isoladas…

Na visão de Rachel Goldgrob, além de serem ineficazes, eventos pontuais podem ser perigosos gatilhos para a positividade tóxica – algo que, aliás, prejudica a saúde mental dos profissionais e a cultura corporativa como um todo, podendo gerar pressões absurdas em busca da superação (emocional e profissional).


Ela indica, então, que esses debates precisam fazer parte do dia a dia da empresa, que deve de fato se preocupar em construir uma cultura acolhedora e em que a segurança psicológica seja um dos pilares essenciais – até porque transtornos mentais não aparecem e nem somem em um único dia, o adoecimento é um processo (e a cura também).


“Precisamos criar espaços para que as pessoas possam falar sobre suas questões de saúde mental cotidianamente, possam compartilhar suas dores e ter um apoio efetivo”, aponta.


“A nossa proposta é ajudar o RH e a área de saúde a pensarem de que forma é possível trazer algo que seja benéfico para o colaborador, mas que contribua com uma mudança cultural, que realmente crie um ambiente saudável de maneira sustentada”, acrescenta Alessandra.


Dentro desse cenário, as especialistas destacam uma ferramenta essencial para essa transformação: o feedback.


Como utilizar o feedback como ferramenta para promover segurança psicológica?

Na visão das três especialistas que compõem a mesa do podcast HumanaMente, o feedback pode ser a melhor ferramenta para aumentar a segurança psicológica e cuidar da saúde mental da equipe. Porém, para isso, é preciso tomar alguns cuidados na hora de utilizá-lo.

Para começar, Mariana Clark destaca que assim como outras iniciativas em prol da saúde mental, o feedback precisa fazer parte do dia a dia do time – não pode ser algo feito de forma pontual e eventual –, até porque um feedback diário e construtivo é uma ferramenta de transparência, respeito e valorização pessoal e profissional.


No entanto, ela faz um alerta sobre algo essencial para garantir que o feedback de fato traga bons resultados:


“Essa é uma ferramenta muito poderosa, mas pessoas precisam ser treinadas para utilizá-la, porque existem palavras que são mais adequadas, tem uma forma e um jeito de falar, e a gente pode até incluir a comunicação não violenta como uma ferramenta muito potente nesse sentido”, explica. “A ausência do feedback traz muitos prejuízos emocionais a todos os envolvidos”, complementa.


Além disso, durante o feedback, o líder precisa demonstrar interesse genuíno no colaborador e buscar dar apoio emocional para validar e lidar com a dor de quem enfrenta transtornos mentais. Afinal, como destaca Mariana, o acolhimento nessas situações mostra para o profissional que ele está em ambiente com alto nível de segurança psicológica.


“Quando a gente tem gestores que estão preparados para esse momento – ou seja, têm interesse genuíno pelo colaborador, pelo que se passa na vida dele, quais são os resultados que ele está entregando versus aquilo que ele combinou quando foi contratado, quando o feedback é uma prática constante nessa relação, o acolhimento acaba sendo muito natural”, conclui.

Essa é apenas uma amostra do último episódio da primeira temporada do podcast HumanaMente. Escute o programa na íntegra e mergulhe com Alessandra Cavalcante, Mariana Clark e Rachel Goldgrob nessa conversa sobre ferramentas e caminhos para promover ambientes mais saudáveis e psicologicamente seguros:



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